domingo, janeiro 11, 2009

Ônibus - 138

O ônibus seguia o seu rotineiro caminho. Em alta velocidade. O vento batia em meu rosto. Janela aberta. E eu pensava em meus amores e desamores. Lembrava-me de todas as minhas paixões. E sorria ao avistar, mesmo longe, tantos olhares, tantas mãos. Mas, ainda assim, surgia, assim sem querer, enfrentando tantos obstáculos, o dia em que eu cheguei à conclusão que já não era apaixonado por você. Não te reconhecia mais, suas roupas eram outras... até mesmo o modo que pentiava seus longos cabelos morenos havia mudado. Estaria, assim como na canção, nossa paixão congelada?
Só peço que não me apronte surpresas... Não dê sinal para o mesmo ônibus parar. Ou, quando o fizer, sinta o prazer de sentar em um poltrona, sozinho, com a janela aberta. O vento baterá em seu rosto... e o resto serão paixões, amores e desamores.