terça-feira, dezembro 22, 2009

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Ele não me lembrava se era noite ou dia. Apenas caminhava e ouvia o silêncio das pessoas que apontavam para os enfeites da rua. Ouvindo música, eu olhava para o infinito. Eu não te procurava. Você estava profundamente distante. Escondido, provavelmente, logo ali atrás do armário. Então, caminhei quase de olhos fechados. Era o vento quem fazia eu andar... Não queria parar. Até que um telefone tocou, e eu não ouvi a sua voz. Era quase uma outra qualquer. De quem eu gostaria de observar no canto do olho. Chora? Ri? Busca? Quer? Deseja? Vive? Morre? Ficou tudo ainda no ar... na ilusão de um diálogo que está difícil de acontecer.