quarta-feira, agosto 27, 2008

Mãos dadas - 115

Você já prestou atenção nas linhas que cortam as palmas da minha mão? Elas denunciam um caminho para o qual não há placas, nem pessoas, nem pontos finais... e sim reticências espremidas entre tantos outros pontos de interrogação. Talvez seja resultado do autoritarismo do ponto final. Aquele mesmo que você teimou em não colocar. "Foi apenas um espaço", você me contou em segredo. Mas qual o cumprimento desta distância toda? Ainda conseguirei te abraçar, mesmo você estando do outro lado da rua? Estique os braços... mostre seus dedos.... suje-os. Há livros cheios de incertezas com páginas já amareladas, consumidas pela dor do tempo...