quinta-feira, julho 16, 2009

Despreenda-se! - 156

Foi-se o tempo em que, despreendido de correntes, corria para o meio da rua e dava um berro. Era uma liberdade insana, capaz de oprimir aqueles que ouviam uma música silenciosa em seus ipods. Para sair da rotina, às vezes, eu vestia o pijama mais velho. Poucas vezes, escolhia a roupa que só os mais inteligentes podiam ver e dançava o último tanto em Paris. Geralmente, sozinho. A maioria estava ocupada demais para aceitar o meu convite para o baile imaginário.
Hoje, porém, cubro o meu rosto com a coberta para não ver o dia chegar. Foi-se o tempo em que, despreendido de amarras, eu só usava os óculos escuros para me defender da prisão.

1 Comments:

Blogger Carolina Sperb said...

dscubra o rosto, vista seus óculos e dê a cara ao sol. as amarras não podem ser tão fortes a ponto de resistir ao calor da vida, da loucura, da liberdade insana!

adorei!!

12:38 AM  

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