segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Até daqui a pouco - 32

Não existe distância quando há sinceridade. Não existem quilômetros nos separando, quando é possível respeitar o silêncio do outro. Não há cidades, sotaques e olhares diferentes. Na verdade, o que existe é um respeito absurdo. E aí não importam as cervejas que eu tomo, a água que você cospe fora, os deuses que eu costumo cultivar, a mentira que você nega...
Você pode estar em tanto lugar... eu, de alguma forma, mesmo na contramão, sigo seus passos. Assim como você, sem querer, olha no retrovisor para saber se está tudo bem comigo. Seguiremos nossos trajetos. Se for preciso, creio eu, sei que construirá uma ponte para mim. Eu já tenho tijolos para ajudá-lo a levantar a casa.
"Por onde você anda mesmo?", pergunto eu. "Por aí", diz você... eu sei! Nós sabemos!

P.S: não postei nos últimos dias, pois não tive tempo. Desculpe-me!