terça-feira, abril 08, 2008

Bem leve - 58

Se ventasse forte, ele teria voado... quase avoado. E, então, deixaria ser levado para a rua, embarcaria em qualquer nau, mergulharia em qualquer tanque... Bem leve, não releve... e ele respirava fundo, cada átomo de oxigênio, com a extrema necessidade de sentir o ar entrar em seus pulmões. Não havia nada que o impedisse... nem o carro, nem o ônibus, nem o trânsito que já amenizava o seu conflito interno nesta cidade orgânica.
Se ventasse leve, ele também teria voado... pois, na realidade, era ele quem estava leve, apesar da mochila pesada que carregava. E, lá dentro, dele e da mochila, havia sonhos, escritos, desenhados... e nada mais!

P.S: "Bem leve leve, releve,Quem pouse a pele em cima de madeira"

1 Comments:

Blogger Érika Oliveira said...

Cheguei num torvelinho, entre redemoinhos seu texto está: vele.

Por que tens raiva do Rosa?

10:49 PM  

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