segunda-feira, maio 05, 2008

Manhã de frio - 72

Eu tentei te ligar hoje. Por sorte, você não atendeu. Eu, confesso, não saberia o que dizer. Liguei, pois o telefone estava perto da minha cama bagunçada, onde joguei os livros e aquele recado datado do ano passado. "Fui embora. Nos vemos em breve". Talvez, ao ouvi-lo no telefone, eu contaria como foi meu dia. Dia que acabou hoje de amanhã, ainda cedo, com o vento frio batendo no meu rosto. Os cabelos, que já disfarçavam o meu penteado, sofriam com o ar gelado. Eu, porém, não me preocupava. Caminhava rumo a qualquer lugar. Um lugar no qual não haveria ritmo combinado, apenas o barulho desconexo das minhas idéias...
Mas, calma, não me preocupo com isso... a bagunça dos meus pensamentos, de uma mente solta, tem sido útil. Aplico dúvidas em problemas. Erro certezas absolutas em notas de rodapé. Extraio o resultado final logo na primeira linha. Uso a borracha. Aponto o lápis. Deleto a palavra escrita na tela branca do computador. Utilizo o compasso para desenhar o Sol que me lembra o passado ao lado de minhas irmãs. Pego a caneta para desvendar as sílabas do caça-palavras... encontro-me intacto, inteiro...

2 Comments:

Blogger Camilla Tebet said...

Bom saber que encontra-se intacto, inteiro e escrevendo bem pacas. Nos encontramos em bauru na virada.. estarei lá... será????Ô cervinha difícil. Beijos

9:02 PM  
Anonymous Anônimo said...

opa, cerveja na virada total.............

12:02 PM  

Postar um comentário

<< Home